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QUEM AGE COM MEDO TROPEÇA NO PRÓPRIO REFLEXO

Por Carlos Delfim – Jornalista, 2081

Agir com medo é como caminhar em terreno escorregadio: a qualquer passo, o risco de tropeçar em si mesmo é inevitável. O medo, quando não reconhecido e dominado, torna-se um espelho distorcido da nossa própria imagem — reflete dúvidas, inseguranças e bloqueia o caminho natural da ação.

Na convivência diária, esse sentimento se infiltra de forma silenciosa. Está presente nas pequenas decisões, nas palavras não ditas, nas oportunidades deixadas para depois. O medo paralisa e cria um ciclo de hesitação que impede o crescimento pessoal e profissional.

Mas como fugir desse reflexo que nos persegue? A resposta está na consciência. Reconhecer o medo é o primeiro passo para transformá-lo em força motriz. Encarar a origem dele — seja o julgamento, o fracasso ou a rejeição — permite enxergar que muitas dessas barreiras são construções mentais.

O segredo está em agir, mesmo com medo. Cada pequena atitude de coragem quebra o espelho da dúvida e abre espaço para novas experiências e aprendizados. O medo, quando enfrentado, se transforma em mestre; quando negado, em cárcere.

Portanto, viver é um exercício de enfrentamento. Quem entende que o medo faz parte do processo passa a usá-lo como ferramenta de evolução. Afinal, tropeçar no próprio reflexo é inevitável — permanecer caído, não.

Carlos Delfim
Jornalista – 2.081